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Universos Paralelos - Infinitas Realidades Coexistindo



Em 1954, um jovem candidato ao doutorado da Universidade de Princeton chamado Hugh Everett III apresentou ao meio científico uma idéia radical e enlouquecedora. Ele propôs a existência de universos paralelos.

Hoje em dia, a ideia de múltiplos universos existindo simultaneamente e em dimensões paralelas está muito presente no imaginário popular, porém entendam o choque, no momento que a ideia foi sugerida. A teoria é bizarra, e causa certa estranheza no entendimento.

Mas por que um jovem físico em ascensão arriscaria o futuro de sua carreira propondo uma teoria sobre universos paralelos? Na verdade. com sua teoria dos Muitos Mundos, Everett tentou responder uma questão muito difícil relacionada à física quântica: por que a matéria quântica se comporta irregularmente? 


- Sob Medida?

O universo é tão certinho que a gente até desconfia.

Os cientistas, embora possam ter suas crenças religiosas, tentam ir além dessa ideia e entender as razões físicas por trás dos mecanismos cósmicos. Afinal, por que o Universo está tão cheio de galáxias, estrelas e planetas, em vez de ser um imenso vazio? Por que as leis da natureza parecem ser tão adequadas ao surgimento da complexidade e da vida? 

Segundo essa ideia, a ordem cósmica só faz sentido se imaginarmos universos paralelos - e talvez até infinitos universos paralelos (ou de um Multiverso, como também é conhecida) .


Existe uma lista pequena de características fundamentais do Universo, das quais depende o surgimento e a continuidade da vida na Terra. São coisas simples, como a intensidade da gravidade, a massa (peso) dos elétrons e de outras partículas ou a quantidade da atração entre os componentes do núcleo dos átomos. Variações minúsculas em qualquer uma dessas grandezas tornariam inviável a existência de qualquer coisa que valesse a pena ser vista no Universo. Ou as estrelas não se formariam, ou queimariam seu combustível rápido demais, ou não formariam elementos mais complexos que o hélio.


Derivada de observações do Universo feitas com telescópios, a inflação cosmológica seria a chave. Poderíamos pensar no Multiverso como uma imensa bolha de sabão. Pequenos sopros (fases inflacionárias) dentro da bolha gerariam bolhas-filhas, as quais podem assumir tamanhos e formas diferentes da bolha-mãe e até se desprender dela. 

O interessante é que nada garante que as diferentes fases de inflação produzam as mesmas leis da física em cada uma das bolhas. Em alguns universos, o espaço e o tempo estarão quase vazios, outros serão ainda mais férteis em vida do que o nosso. O importante é que, com um número possivelmente infinito de universos, a chance do aparecimento de leis cósmicas "certinhas", como as nossas, vira uma certeza matemática.


- Teoria das Cordas:


A Teoria das Cordas foi criada pelo físico nipo-americano Michio Kaku e nela ele afirma que os blocos de construção essenciais de toda a matéria do universo, bem como de todas as forças físicas, existem em um nível subquântico. Esses blocos de construção lembrariam pequenas tiras de borracha ou cordas – que formam os quarks (partículas quânticas fundamentais) e então os elétrons, átomos, células e assim por diante. O tipo de matéria que é criada pelas cordas e como tal matéria se comporta depende da vibração dessas cordas.

Surgindo por meio de 11 dimensões separadas (dez de espaço e uma de tempo), assim como a Interpretação dos Muitos Mundos, a Teoria das Cordas demonstra que existem universos paralelos. Segundo essa teoria, nosso próprio universo é como uma bolha que existe lado a lado de universos paralelos semelhantes.

Ao contrário da Teoria dos Muitos Mundos, no entanto, a Teoria das Cordas supõe que universos podem entrar em contato entre si. Quando esses universos interagem, acontece um Big Bang semelhante ao que criou o nosso universo.


- A Gravidade:



Tal teoria poderia explicar o porquê da gravidade ser uma força fraca em comparação com as outras (eletromagnética, a nuclear fraca e a nuclear forte). Isso ocorreria por que a gravidade teria a propriedade de 'escapar' do nosso Universo-brana para o multiverso.

Ou seja, a fragilidade da gravidade perante as demais forças fundamentais da natureza é o resultado de sua “diluição” por todas as dimensões extras que não podemos ver ou talvez que não estejam nesse universo, podendo inclusive ser a responsável pela atração de massa em outros Universos e suas consequentes colisões.


- Outro Eu:

Teoricamente, seria impossível saber o número de universos paralelos existentes, uma vez que a quantidade de universos paralelos depende do possível resultado das ações de cada ser vivo.


Uma ligeira diferença em um universo geraria uma ramificação na linha temporal, formando um novo universo completamente diferente. Por exemplo, você avista um carro se aproximando e calcula se há tempo suficiente para atravessar a rua. Em um universo, você não atravessa a rua, e em outro você atravessa. Cada universo a partir dai é observado separadamente, e inicialmente eles não terão uma grande diferença (a menos que você tenha calculado errado e no universo que você atravessou tenha sido atropelado). Contudo, a longo prazo, as diferenças podem se tornar absurdas.

Ou seja, sua escolha irá influenciar a escolha de outras pessoas em uma cadeia infinita de ações e ramificações. Em um Multiverso, existem milhões de universos em que você sequer nasceu, e outros que você já morreu faz tempo. Em alguns, você é casado com a sua mãe. E o seu pai nesse universo é o seu filho em outro...


- Evidências:

Então, os universos paralelos realmente existem? Infelizmente é muito difícil colocar a prova a teoria, uma vez que não podemos vê-los ou senti-los de alguma forma, afinal ele existe dentro de um tipo diferente de espaço das quatro dimensões de nossa realidade.

Contudo, ao progredirem com as investigações no Grande Colisor de Hádrons do CERN, os cientistas estão falando cada vez mais sobre uma ‘nova física’ no horizonte, que promete ajudar aos investigadores a entender mais das incógnitas sobre o nosso universo.

Este novo enfoque inclui o desenvolvimento de uma melhor compreensão da energia escura, uma misteriosa força que alguns pensadores mais inovadores acreditam indicar que um universo “irmão” se esconda na nossa vizinhança.


 Paralelamente, estranhas ocorrências têm sido observadas pelos cosmólogos, como a galáxia Andrômeda, a 2,2 milhões de anos luz de distância, se dirigindo a grande velocidade (320.000 km/h) em direção à nossa galáxia, a Via Láctea.Este fenômeno tem sentido lógico se a gravidade que escapa de um universo invisível estiver unindo as duas galáxias.


 Em outra frente de pesquisa, investigadores do telescópio espacial WMAP descobriram recentemente uma força 10.000 mais poderosa do que a Via Láctea, a qual oferece forte evidência de que um universo paralelo possa estar na área.

Já em Londres, cientistas encontraram evidências depois de analisar os dados recolhidos pela nave espacial Planck, da Agência Espacial Europeia. O mapa, com base de dados da Planck, mostrou anomalias na radiação de fundo que, segundo alguns especialistas, só pode ter sido causada pela atração gravitacional de outros universos que puxam o nosso universo da mesma forma desde a grande explosão.



Visando o melhor entendimento do assunto, a NASA instalou o Espectrômetro Alfa Magnético – 2, na Estação Espacial Internacional, a fim de registrar os dados que poderiam resultar da existência de outros universos, alguns dos quais poderiam inclusive ser feitos de antimatéria. Basta aguardar os resultados, agora.


- Viagens a Outros Universos:

Na história, muito antes da tese a respeito de universos paralelos ser apresentada, já apresentava uma grande quantidade de relatos de seres humanos que experimentaram algum tipo de viagem interdimensional. Veja alguns relatos de pessoas que dizem que atravessaram nossa membrana universal e foram parar em algum lugar além...


O Viajante de Taured
Em 1954, um homem supostamente voou para Tóquio. Quando entregou o seu passaporte para ser carimbado, o homem foi imediatamente interrogado sobre suas origens. Não, não era um caso de discriminação: enquanto seu passaporte parecia autêntico, enumerou um país que ninguém nunca tinha ouvido falar chamado “Taured”.

O homem misterioso alegou que seu país estava localizado entre a França e a Espanha, mas quando ele foi convidado a indicá-lo em um mapa, apontou para o Principado de Andorra. Insistindo que ele nunca tinha ouvido falar de Andorra e que Taured já existia há 1000 anos, ele afirmou que estava no Japão à negócios, algo que ele vinha fazendo nos últimos cinco anos. Seu passaporte mostrava isso: coberto de visto e selos de visitas anteriores (embora os selos não eram exatamente os mesmos que os japoneses tinham, porém com notável semelhança). Ele até tinha uma carteira de motorista emitida pelo país misterioso e um talão de cheques contendo cheques de um banco desconhecido.

Depois de interrogado, ele foi enviado para um hotel nas proximidades. N a manhã seguinte desapareceu sem deixar rasto, sendo que a única saída possível era uma janela fechada, sem borda, no décimo quinto andar.


O Homem de Lizbia 
Prosseguindo a investigação, chegou-se à desconcertante conclusão que a língua que o jovem falava não era reconhecida por nenhum especialista. Todavia, não era um mero murmúrio desconexo ou uma língua inventada por um doente mental. Era uma linguagem, de fato, dotada de padrões léxicos e sintáticos.
O máximo que os investigadores alcançaram descobrir é que tal linguagem era semelhante ao esperanto. Também, este, encontrando ocasião propícia, desapareceu tão misteriosamente quanto tinha surgido.

Em Paris, 1905, um jovem foi preso por roubo. Ele falava uma língua desconhecida e depois de um longo interrogatório, os policiais entenderam que o meliante era de um lugar chamado Lizbia.


As crianças verdes de Woolpit
No século 12, no vilarejo de Woolpit em Suffolk, na Inglaterra, duas crianças de aparência verde foram encontradas na saída de um dos fossos da região por moradores que faziam a colheita de suas plantações.

As crianças, um garoto e uma menina, se comunicavam com uma linguagem desconhecida pelos cidadãos. A lenda conta que os dois foram levados para a casa de um morador, Richard de Calne, que se responsabilizou por cuidar deles.

Por vários dias, as crianças recusaram todos os tipos de comida, aceitando somente feijões. Depois de um tempo, conta-se que eles perderam a coloração verde de suas peles, mas o menino acabou adoecendo e morrendo.

A menina sobreviveu e cresceu e, eventualmente, aprendeu a falar inglês. Ela explicou posteriormente aos seus guardiões que ela e seu irmão vieram de um mundo sem luz do sol, e que não sabia dizer ao certo como eles foram parar na região de Woolpit.
  


A ideia de Múltiplos Universos é realmente fascinante e ainda vai dar muito trabalho para ser testada (até porque ninguém ainda conseguiu pensar num jeito prático de detectar diretamente os outros cosmos). Seja como for, parece que estamos a caminho de descobrir que a natureza não só é mais estranha do que imaginamos mas quase mais esquisita do que nossa espécie é capaz de imaginar.

  


FONTE: Texto completo contido em http://aborigine42.blogspot.com.br/2014/07/universos-paralelos-infinitas.html

Henrique Guilherme
Escritor e estudioso.
Curioso a cerca dos grandes mistérios das antigas civilizações

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