Olá Olá!!
Sempre que vou introduzir uma turma à Química, gosto de fazer uma viagem histórica com meus[as] meninos[as]!
E, com isso, nada melhor do que chegar à Idade Média e brincar de ser alquimista! hehehe! E assim foi, na última segunda-feira (dia 28/01/13), no Externato São José.
=]
Bom, sem mais delongas, segue logo abaixo, especialmente para meus 9ºs anos do Externato São José, um resuminho do que foi falado em nossa aula!!
Um mol de abraços a todos!!
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UMA BREVE HISTÓRIA DA QUÍMICA
Alquimia,uma mistura de ciência,arte e
magia,que floresceu durante a
Idade Média,tendo uma dupla preocupação: a busca
do “Elixir da Longa Vida” ,que garantiria a imortalidade e a cura das
doenças do corpo;e a descoberta de um método para a transformação de metais
comuns em ouro (Transmutação), que ocorreria na presença de um agente
conhecido como “Pedra Filosofal”.[1]
Os
laboratórios eram antros negros e sinistros, cheios de odores nauseabundos. As
prateleiras e mesas estavam sempre cheias de frascos de formas e cores
bizarras, em torno, espalhavam-se em desordem, papéis cobertos de sinais
cabalísticos.
Um
dos seus sonhos era a transformação de qualquer metal em ouro. Acreditavam que
todos os metais eram, na realidade, ouro, o “metal perfeito”, em estado de
impureza. Esforçavam-se, por isso, para encontrar um fermento misterioso que
tivesse a propriedade de transformá-los em ouro. Chamavam a esse fermento
sólido, a “Pedra Filosofal”.[2]
A procura
pelo ouro não era motivada por razões econômicas, mas sim porque ele, com sua
resistência a corrosão, representava a perfeição divina. Contudo, muitos
charlatões se aproveitaram de encenações simulando a transmutação para
enriquecer a custa da boa-fé de alguns (ingênuos) adeptos da Alquimia.[1]
Outro
sonho dos alquimistas era a fabricação do “Elixir da Longa Vida”. Este elixir
curaria todas as doenças e conservaria a juventude.[2]
Na
China, as especulações dos alquimistas conduziram ao domínio de muitas técnicas
de metalurgia e à descoberta da pólvora. Os chineses foram os inventores dos
fogos de artifício e os primeiros a usar a pólvora em combate, no século X.[1]
Esses
objetivos nunca foram alcançados pelos alquimistas, mas permitiram o
desenvolvimento de vários aparelhos e técnicas laboratoriais importantes.[3]
Muitos progressos no conhecimento das substâncias provenientes de minerais e
vegetais foram obtidos no Ocidente e no Oriente.[1] Desenvolveram processos
importantes para a produção de metais, de papiros, de sabões e de muitas
substâncias, como o ácido nítrico (chamado na época de aqua fortis),
o ácido sulfúrico (oleum vitriolum), o hidróxido de sódio e o
hidróxido de potássio.[4]
No
século XVI , o suíço Theophrastus Bombastus Paracelsus propôs que a Alquimia
deveria se preocupar principalmente com o aspecto médico em suas investigações.(Isso
ficou conhecido como Iatroquímica). Segundo ele, os processos vitais
podiam ser interpretados e modificados com o uso de substâncias químicas. Sua
contribuição no diagnóstico e no tratamento de algumas doenças foi digna de
nota.
Os
últimos anos do século XVI e o transcorrer do XVII firmaram os alicerces da
Química como Ciência, com a publicação do livro Alchemia , do alemão
Andreas Libavius. Nos séculos XVIII e XIX , os trabalhos de Lavoisier,
Berzelius, Gay-Lussac, Dalton, Wöhler, Avogadro, Berthelot, Kekulé e tantos
outros deram origem à chamada Química Clássica . No século XX , com o
grande avanço tecnológico, presenciou-se uma vertiginosa evolução do
conhecimento químico. Modernas técnicas de investigação foram desenvolvidas,
utilizando conceitos de Química, Física, Matemática, Computação e
Eletrônica.[1]
A
Química tornou-se, então, uma Ciência, que acompanhou todas as etapas da
evolução da cultura humana, mas ainda hoje é considerada por muitos como um
produto de magia.[3]
RENASCIMENTO
Finda-se
o período Medieval e, com ele, a hegemonia da Igreja Católica que começa, a
partir desse momento, a ser questionada.Trata-se de um momento em que os
direitos das nações e dos cidadãos se sobrepuseram à tradição universal da
autoridade religiosa.Para que ocorressem tais mudanças na forma como o homem
via o mundo e via a si próprio, passamos por um período conhecido por Renascença,
o momento dessa grande transição.
O
DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO NA RENASCENÇA
·
Química: Teve uma enorme influência da Alquimia,principalmente com
Paracelso que, além de alquimista, era médico renomado.Outro nome importante
foi o do médico e químico alemão Andréas Libavius, que escreveu Alquimia,
considerado o mais bonito livro de química do séculoXVII. Nesse período, mesmo
fortemente marcados pelo hermetismo (transmutação), a Alquimia prestou
significativa colaboração nas técnicas de metalurgia e de mineração, os
primeiros ramos da química a contribuir para os aperfeiçoamentos tecnológicos.
·
Física: Não teve um desenvolvimento significativo nesse
período;destaca-se os estudos de magnetismo por Simon Stevin, e de mecânica por
William Gilbert e alguns trabalhos de óptica.
· Ciências Médicas : Ganharam impulso
com o surgimento das Universidades e com o início da experimentação na
anatomia. Maior destaque se dá ao belga André Vesálio.
· Astronomia: Nesse ramo, destaca-se Nicolau de Cusa
(Nikolaus Krebs) com a proposição de que a Terra não seria o único lugar no
universo em que havia vida.
· Arte: Na Renascença, merece destaque o artista
e sábio Leonardo da Vinci (1452-1519). Da Vinci foi um homem de saber
enciclopédico, exímio conhecedor de anatomia, geologia, botânica, hidráulica,
óptica, matemática, arquitetura, engenharia, fortificações militares e
filosofia. Sabe-se que os objetos do pensamento humano são: a filosofia, as
artes, a religião e os conhecimentos científicos. De todos, somente a Ciência,
por suas características, se universalizou. Não se tem uma arte universal, uma
religião universal, uma filosofia universal, mas se tem uma ciência universal.
Foi assim no Renascimento, com o concurso dos povos árabes, que começou o
desenvolvimento da Ciência e que chegou até os nossos dias.
IMPEDIMENTOS PARA O AVANÇO CIENTÍFICO
Torna-se
necessário avançar!! Já não bastava mais apenas o conhecimento herdado da
Antigüidade Clássica.Porém, havia impedimentos e dificuldades para que a
Ciência progredisse. Dentre eles podemos destacar:
·
A mitificação da
Ciência Grega: Os
livros de Aristóteles tinham sido comentados por Tomás de Aquino e logo foram
adotados pela Igreja, tornando a Ciência grega intocável. Dessa forma, a
primeira dificuldade foi superar esta mitificação, ou seja, admitir que a
Ciência grega continuava com equívocos que deviam ser reparados. Roger Bacon,
monge franciscano e um dos precursores da Ciência experimental no século XIII,
chegou a dizer que a Ciência grega estava toda errada, o que certamente era um
exagero.
·
Restrições
Religiosas: O
patrocínio das Ciências pela Igreja exigia que todo conhecimento científico
estivesse de acordo com a interpretação dada pelos doutores da época às
Sagradas Escrituras,fazendo com que todos que não concordassem fossem
considerados hereges. O surgimento do protestantismo mudou um pouco essa
situação, na medida em que os protestantes achavam que a Ciência ajudava a
compreender melhor a obra de Deus.
·
Superstições e
Magias: Quando
a Ciência nasceu ela trazia em si todo um revestimento de magia. Foi preciso
que a mente humana se afastasse das superstições herdadas da Idade Média e
passasse à observação dos fenômenos, à sua catalogação, análise e conclusão
através de um modo racional de pensar. Inicialmente com grande dificuldade,
devido à falta de uma metodologia, até que se chegou ao Método Científico, que
foi a pedra de toque para que a Ciência vencesse todas essas dificuldades e,
enfim, desabrochasse.
A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA DO SÉCULO XVII
Para
romper com todos os impedimentos ao avanço científico, foi preciso que homens
corajosos superassem tais dificuldades e realizassem a conhecida Revolução Científica,
período que iniciou-se no século XV e estendeu-se até o século XVII.
Sabe-se
que a Ciência em todos os tempos foi construída por milhares de trabalhadores
anônimos. Credita-se grande parte das descobertas desse período (séculoXVII) à
tríade Copérnico-Galileu-Newton, mas ao lado desse três gigantes, vamos
encontrar muitos nomes que deixaram o anonimato para se incorporar a essa
tarefa de construção do saber científico.
REFERÊNCIAS:
[1] PERUZZO,Tito Miragaia.CANTO,Eduardo Leite.Química na
abordagem do cotidiano.vol.01.Editora
Moderna.
1ªedição. São Paulo. SP. 1994.
[2] Enciclopédia Delta Universal .vol.01.
[3] MÓL,Gerson de Souza.SANTOS,Wildson Luiz Pereira.Química
na Sociedade.vol01 módulo01. Editora
UnB.Brasília.
DF. 1998.
[4] USBERCO,João.SALVADOR,Edgard.Química. volume
único. 1ªedição.Editora Saraiva. São Paulo. SP.
1997.
[5] Mistérios do Desconhecido – Segredos dos Alquimistas.
Editores de Time – Life Livros. Abril Livros.
Rio de
Janeiro. RJ. 1996.
[6] SOUSA, Régis Marcus. CRUZ, Thaiza Montine Gomes dos
Santos. Alquimia, um resgate Histórico, Técnico e Cultural.
Monografia/Projeto de Curso para obtenção do título de Pós-Graduação “Lato
Senso” em Ensino de Química, pela Universidade Estadual de Goiás – UEG, na
Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, sob orientação da
Professora Mestre Luciana Pereira Marques, em 2004.
☺SUGESTÕES:
Filmes: “O Violino
Vermelho”.
“O
Perfume – a história de um assassino”.
“Cruzada”
Livro: “O Perfume – a história de um assassino”
Autor: Patrick Süskind
Editora: Record
1 comentários:
Professora, passe o questionario para arquivos do word, facilita ai para a gente!
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Obrigada pela visita e pelo comentário!
Quimiloko honorário volta sempre!!
hehehe!